28.2.06

cassez les sens

São precisos homens de fato na secção 13 do piso 14 do edifício 15.
São necessários paranóicos no palco 16 do estúdio 17 do filme 18.
São aceites carniceiros na cama 19 do bloco 20 do hospital 21.
... prolongam-se os postos de trabalho até ao número:


...
... [finalmente o sinal ficou interrompido]...

...seis biliões e meio diz-me ela com este tom despreocupado...
SEIS BILIÕES DE CABRÕES é o que eu lhe respondo...
pelo menos é o que lhe tento responder, mas o sinal interrompido infelizmente não me ouve... apenas dita aquelas frequencias irritantes e pouco repetitivas.

Para onde vamos nós neste espaço tão intensamente esgotabilizado...
Quem é o culpado disto tudo? Quem é o culpado deste desnível social?
Ninguém pensa em ser culpado... toda a gente se assume cúmplice... e no entanto continuamos a cuspir o chão do vizinho.

Estas barreiras tem que ser quebradas...
não sou eu que vou assumir o encargo de o fazer...
somos todos nós...
com actos de terrorismo circunstacional vamos equilibrar a opressão...
e ser iguais a todos os outros.
iguais de direitos, iguais de fomes, iguais de saudes, iguais de "tenho um pai e uma mãe", iguais de "ninguem me matou por ter respirado".... iguais de "quero viver convosco"!!

Quero viver com o Mundo!



Break it!!

12.2.06

A desavença de uma história mal contada...

Fui mal contada...
Falo na primeira pessoa porque acabaram de me suportar um corpo.
Não tenho pernas, nem braços, nem muito menos um ânus por onde me saiam momentos enganosos. O meu corpo só eu o vejo, porque só eu assisti ao seu nascimento.

... ainda mal contada?

Não tenho letras. Não tenho números... tenho tempo percorrido.
Tenho saliva cuspida, tenho nódoas negras.
Tenho que aguentar.

Gostava de ter a liberdade de falar por mim, mas infelizmente tenho que me contentar com o triste Homem que de mim arranca à força momentos inexistentes. Com as tristes emoções que lhe foram concedidas. Com o triste pensamento que o faz sofrer.
Gostava de ter um pouco desse poder de me mal contar.

Homem triste. Homem de carne.

Sim, tu!

Homem que mal me contas.

11.2.06

near marks & spencer

As coisas que as máquinas gostam de gravar sozinhas



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8.2.06

Howbigisthewar?

estas aulas... dão-me pa estas merdas!!

...deviamos ser como eles!!

7.2.06

Being actually shot to the outer space



não há nada de mais errado nisto. moléculas microscopicamente estimuladas para que de um sumo maior, nasça alguma merda de interessante. sim, isto é o funcionamento do cérbero a manifestar energia. a mesma energia que materializa as imagens na retina do pensamento.
o malfuncionamento desta capacidade de reagir às várias situações, faz com que sejamos disparados numa mínima fracção de tempo para o (infinito) espaço sideral.
é possível em muitos casos ouvir o grito da pressão atmosférica quando extravazada.
aqui, nada é importante. não há vestimentas que nos definam, não há posturas que falem por si, não há corpos visíveis... somos transformados numa grande esponja sem limites, numa nebulosa de circuitos luminosos. não vemos, não sentimos, apenas existimos num estado gasoso. no estado em que deixa de fazer sentido sentir!

5.2.06

L’Histoire du cinéma pour Jean-Luc Godard

Monstros!

...o cinema... uma rapsódia, não do tempo... mas das imagens. O sonho que se esconde atrás da película.
isto não é paixão... é algo mais. é querer tê-lo no fluxo sanguíneo... é tudo!
... é a capacidade de adaptar uma caixa na nuca...
... não somos objectos do teatro...
... somos objectos do cinema... da mais “simples” forma de nos conhecermos.
A pornografia... é algo mais do que fluidos...
... são tantos os grãos que te vêm... os grãos que viram tantos rostos...
... VIVE LA REVOLUCION! VIVE LA RESISTANCE!...
VIVE LA LIBERTÉ!
... os grãos que escondem milhares de segredos.
nós somos o objecto. que... captaprojectacaptaprojectacaptaprojectacaptaprojecta...
mata-me!
O que é se perde? nada! modela-se!
...objectos maleáveis...
é tão forte!... porra! que liberdade é essa?

não se trata de GODARD! não!
não é uma visão histórica pessoal... não! é outra coisa... é um testemunho de difícil abstração... é... mas somos nós! o filme é nosso...

é uma História apetecível!